Exmos. Senhores,
Quero, em primeiro lugar, congratular-me pela candidatura do nosso companheiro António Santos, que aceitou o convite para liderar o projecto do Partido Social Democrata à Junta de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros.
Estou convicta de que com a sua equipa se propõe trabalhar imbuído dos princípios de solidariedade, de permuta de conhecimentos e de cooperação entre todas as forças vivas da freguesia, garantindo a participação de todos na resolução de questões determinantes para o bem-estar da comunidade de Santo António dos Cavaleiros.
Como candidata à Câmara Municipal de Loures, não poderia deixar de estar aqui convosco para apoiar o nosso candidato António Santos, e desejar-lhe os melhores resultados porque quero que ganhe as eleições para a Assembleia de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros.
A freguesia de Santo António dos Cavaleiros precisa de uma equipa disponível e competente para que o seu trabalho possa oferecer à população melhor qualidade de vida e de fomentar o desenvolvimento para atrair empreendimentos que ajudem a criar postos de trabalho, com incidência para os mais jovens.
Porque fazem falta ao concelho os que não se resignam e vergam à discussão dos problemas, os que são audazes e vêem nas dificuldades a oportunidade para a afirmação do mérito e ainda os que têm coragem, e não têm medo de reformar e mudar, que me levam a afirmar de que vale a pena lutar por aquilo em que acreditamos.
Tem todo o meu apoio companheiro António Santos, e tudo farei para o ajudar no combate político que se avizinha.
Santo António dos Cavaleiros é uma freguesia com uma área de 3,60 Km2, foi criada em 1989 e tem actualmente uma população de 22 000 habitantes – 11% da população concelhia.
O território que hoje compõe a freguesia era uma zona de quintas, onde predominava a agricultura, sendo recente a construção de edifícios.
Há quatro décadas, o território era ocupado por algumas dezenas de famílias que habitavam em casais e quintas com casas apalaçadas e que tinham grande domínio sobre a economia rural da região.
A zona inicial de Santo António dos Cavaleiros foi alargada, tendo actualmente as seguintes localidades: Bairro da Paradela, Cidade Nova, Flamenga, Ponde de Frielas, Quinta do Conventinho, Quinta das Flores, Torres da Belavista, Vivendas do Solar e, mais recentemente, a Urbanização do Almirante.
Na análise demográfica e no que diz respeito à densidade populacional, Santo António dos Cavaleiros é uma das três freguesias do Concelho com maior concentração da população residente, verificando-se cerca de 6 100 habitantes por Km2.
Actualmente, trata-se de uma freguesia dormitório, situação que se tem vindo a alterar com a entrada de algumas empresas de comércio e serviços. É considerada uma das mais jovens freguesias do Concelho.
Conhecedores da dimensão territorial de Santo António dos Cavaleiros, verifica-se que muito trabalho há a realizar no âmbito da acção social, Educação e Ensino, transportes públicos, primeiro emprego, combate ao desemprego, segurança, e ainda da integração da população imigrante.
Relativamente à população imigrante, em Santo António dos Cavaleiros 8,4% da população detém nacionalidade estrangeira, sendo grande parte de origem africana (82% do total da população estrangeira). Oriundos do continente americano, 6% com nacionalidade brasileira, e do continente europeu – 3,8%, em particular da Europa do Leste.
Estes valores revelam-se elevados, pois, em Loures, a população estrangeira é 6,8% e na região da Grande Lisboa os estrangeiros representam 4% do efectivo populacional.
Perante estes cenários, Santo António dos Cavaleiros precisa de definir uma trajectória de crescimento sustentado, de convergência com os parceiros sociais da freguesia e de maior participação no processo de crescimento, assente numa nova dinâmica produtiva e com inovações empresariais que permitam combater o desemprego e reduzir as desigualdades sociais.
Trata-se de uma estratégia de crescimento que requer a mobilização e a participação de todos para que a freguesia de Santo António dos Cavaleiros cresça num clima de confiança e estabilidade, em que as iniciativas empresariais, criadoras de riqueza e emprego, possam ser bem sucedidas.
Os grandes centros urbanos, como Santo António dos Cavaleiros, exigem a criação de projectos que integrem uma mudança ao ritmo da sua população e que esta seja envolvida e sinta que um projecto de requalificação urbana é também um projecto de cidadania.
Por vezes, não envolvemos a população porque não a conhecemos e não compreendemos que o diálogo entre os agentes locais é importante para se identificarem os problemas e ambições dessas populações.
Se a população tiver uma palavra a dizer sobre o local, acabará também por se responsabilizar pela sua manutenção. Terão de ser os moradores a saber aproveitar o seu espaço e a identificar os problemas sentidos, como passadeiras que precisam de rebaixamento, buracos nas ruas e passeios, e chamarem a atenção para problemas mais complexos.
Esta será uma forma de envolver a população na responsabilidade da manutenção, por exemplo, do seu prédio e do seu bairro.
Criar uma comunidade sustentável não é fácil.
Exige trabalho, participação e, sobretudo, entender os novos desafios e quais as respostas que têm de ser encontradas.
Loures é um Concelho com muita imigração. Quero deixar aqui uma palavra de incentivo a estes imigrantes – e a alguns que, embora cidadãos portugueses, se sentem ainda um pouco imigrantes – e dizer-lhes que a diversidade cultural é uma herança comum da Humanidade, sendo um tesouro vivo e renovável que é necessário preservar.
Sinto que ainda não se conseguiu no nosso Concelho uma verdadeira integração, nem o estreitamento de relações sociais, culturais e humanas entre as comunidades existentes.
O Governo tem aqui um papel importante a desempenhar. O princípio da subsidiariedade deve ser claramente aplicado através da atribuição às Autarquias de um papel de liderança, dada a sua proximidade aos problemas reais dos cidadãos e famílias.
Igualmente, deve ser dada às Autarquias uma maior responsabilidade e, naturalmente, mais recursos na implementação e gestão das políticas de família a nível local.
É verdade que as Autarquias exercem, há muito, algumas destas competências, embora informalmente, pelo que se deveria adaptar o enquadramento legal a esta realidade, sobretudo, no que respeita à provisão dos serviços de acolhimento de crianças e idosos (creches e lares), de educação, de ocupação de tempos livres, de desporto e de transportes públicos locais.
Porque não se tem dado importância a estes aspectos fundamentais, assistimos, nos últimos tempos, a fenómenos de aumento de criminalidade violenta a que o nosso País não estava habituado.
Como sabemos, a criação de condições de segurança é, em grande parte, função de outras políticas. Assim, passa, antes de mais, pela promoção do crescimento da economia, por políticas de inclusão social e pelo combate ao desemprego.
Todos sentimos que a nossa sociedade se alterou radicalmente nos últimos anos. Daí, não ser novidade, que hoje se aconselhem as políticas de segurança interna.
O conceito de segurança tem vindo a ser objecto de múltiplas apreciações e, não restam dúvidas que a questão da segurança está na ordem do dia das preocupações dos cidadãos portugueses.
Também no nosso Concelho, o sentimento de insegurança prevalece na população e é atribuído à própria precariedade das condições de vida que se vivem em Loures, fruto de um planeamento urbanístico errado, que atirou para verdadeiros guetos as populações económica e culturalmente mais carenciadas.
Loures precisa de uma estratégia de segurança.
Lutarei, como Presidente da Câmara, pelo policiamento de proximidade, pelo reforço do policiamento de rua, nomeadamente, nos períodos nocturnos e nas zonas mais problemáticas, pela criação de uma Comissão Permanente do Conselho Municipal de Segurança e a criação da Polícia Municipal.
Afloro aqui esta temática porque sei o que muitos habitantes de Santo António dos Cavaleiros pensam da gestão da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia.
A integração social também aqui não tem sido fácil. A presença de população imigrante, a maioria sem qualificação profissional, vive no desemprego ou com subsídios relativamente pequenos, o que tem contribuído para o aumento da pobreza e exclusão social.
Apesar desta freguesia dispor de um novo Centro de Saúde, as suas respostas representam um estrangulamento à qualidade de vida da população, pelo mau serviço que presta à cidade de Loures.
Volvidos mais de 14 anos e a construção do Hospital ainda não existe.
Foi no Governo do PSD que se lançou o concurso para a sua construção, que o Governo socialista não permitiu que avançasse.
A dois meses das eleições legislativas, anuncia a construção do Hospital e aponta a sua conclusão para 2013.
Considero uma vergonha esta atitude!
Caro companheiro António Santos, tem uma grande tarefa em mãos.
Os habitantes de Santo António dos Cavaleiros esperam de si, e da sua equipa, capacidade, empenho e trabalho para lhes poder resolver os problemas que os afligem.
Os habitantes das Torres da Bela Vista aguardam a resolução do problema da água e dos transportes públicos até às suas residências.
Outras zonas da freguesia queixam-se da falta de limpeza, do estacionamento, do estado dos arruamentos, da iluminação pública e da recolha do lixo.
Não o quero assustar com tudo isto.
Nunca soçobraremos face aos problemas, pelo contrário, os problemas foram sempre para o PSD, o maior estímulo à nossa acção política.
Quero, sim, afirmar-lhe de que estarei consigo para o ajudar a encontrar soluções para resolvermos por completo os problemas que afligem estas populações.
Juntos vamos ser capazes de fazer de Santo António dos Cavaleiros uma terra onde apeteça viver.
Cá estaremos, no dia 11 de Outubro, para festejarmos a vitória do Partido Social Democrata com a convicção plena de que valeu a pena lutarmos por aquilo em que acreditamos: servir a comunidade do Concelho de Loures.