segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Discurso em Loures

Exmos. Senhores,

O Partido Social Democrata apresenta para o ciclo autárquico 2010/2013 uma candidatura que aposta na modernização da cidade de Loures, na defesa dos interesses da sua comunidade e no desenvolvimento socio-económico da freguesia de Loures.

Como candidata à Câmara Municipal de Loures, não poderia deixar de estar aqui convosco para apoiar o nosso candidato à Junta de Freguesia de Loures e desejar-lhe os melhores resultados, porque tenho a certeza de que vai ganhar as eleições para a Assembleia de Freguesia.

Tem todo o meu apoio companheiro Carlos Santos.

Pode contar com a minha ajuda e juntos vamos modificar a sede do Concelho de Loures.
Ao aceitar ser candidato por esta cidade, sentiu que era necessário e urgente modificá-la porque se apresenta tão diferente de outras cidades sedes de Concelho na Área Metropolitana de Lisboa.

Tenho a certeza que vai ter oportunidade de ouvir, de viva voz, centenas de comentários de cidadãos que não se resignam com a organização desta cidade e que acreditam que é possível contribuir para uma cidade diferente.

As medidas que juntos propomos ao eleitorado desta freguesia constituem um verdadeiro contrato para os próximos quatro anos e assentam num compromisso sério que tem como objectivo o desenvolvimento da cidade e a melhoria da qualidade de vida da sua população.

Caro companheiro Carlos Santos, sei que com a sua equipa se propõe trabalhar imbuído dos princípios de solidariedade, de permuta de conhecimentos e de cooperação entre todas as forças vivas da freguesia, garantindo a participação de todos na resolução de questões determinantes para o bem estar da comunidade da cidade de Loures.

Todos sentimos que a cidade de Loures é o espelho do Concelho.

Loures tem cerca de 200 mil habitantes. É o 5.º Concelho do País e não tem a importância correspondente. Falta-lhe visibilidade.

Há 900 anos, o Concelho, então largamente rural, estava claramente à frente no processo político e nas ideias. A Implantação da República iniciou-se em Loures, a 4 de Outubro de 1910.

Porque razão não acontece isto hoje?
Porque sempre nos tem faltado um desígnio colectivo, um projecto e uma estratégia para o executar.

Loures tem condições para ser um Concelho ímpar e com vida própria. Este é o nosso desígnio comum, a minha grande meta e o desafio que lanço a todos e a cada um de vós.
Tenho consciência dos grandes desafios que temos de enfrentar para dar um novo rumo a Loures.

Começando pela prestação do atendimento público aos munícipes que tanta vez é feito sem qualidade.
O serviço público tem, pela sua própria natureza, uma dignidade que exige dos que nele assumem funções uma preocupação permanente pela excelência do trabalho que fazem. Trata-se de uma exigência ética e política indiscutível que todos devem ter o brio de exercer com elevada exigência pessoal. Por vezes, as organizações estruturalmente complexas que existem nas Câmaras Municipais proporcionam resultados inoperantes. É o que se passa com o atendimento nos serviços públicos da nossa Câmara, tanta vez contestado pelos munícipes.
Corrigir tais comportamentos impõe investimento em projectos de modernização administrativa, em incentivar a mudança cultural e a atitude perante as actividades de cada funcionário, preparando o ambiente para a implementação de um atendimento centralizado, com vista na satisfação do munícipe.

Ao ser eleita, assino o compromisso de dar prioridade à criação de um “Balcão Único” de atendimento.
Relanceando um olhar sobre a mudança cultural, impõe-se aqui citar algumas linhas de pensamento sobre a educação no âmbito do nosso Concelho.
§ Defendo a municipalização do ensino em dois ciclos, cada um de seis anos, em que o primeiro seria da responsabilidade do município;
§ Defendo a criação de um gabinete que tenha como objectivo o diálogo com as escolas:
o No encontro de modalidades de acompanhamento que contribuam para o sucesso escolar no nosso Concelho;
o Na orientação vocacional que indique o conhecimento do que pode ser um projecto de carreira, os estudos a prosseguir e as profissões a adoptar; principalmente em escolas com grande dificuldade de aprendizagem;
o Na criação de condições para que os pais possam acompanhar melhor os seus filhos, associando a política de família à Educação.

Não menos importante do que todas as medidas que defendo, saliento a necessidade urgente de se criarem condições no Concelho para a fixação de pequenas e médias empresas que ajudarão a desenvolver e a promover a convergência económica e social de que Portugal e o Concelho precisam.

O município de Loures tem aqui também um papel importante a desenvolver no que respeita aos licenciamentos, permitindo que uma parte significativa do investimento não seja adiado por problemas que se prendem com a burocracia e com avaliações discricionárias.

Todos temos conhecimento que a maioria das pequenas e médias empresas lutam com a falta de recursos humanos qualificados.
Seria importante investir na criação de protocolos com a Câmara Municipal de Loures, Ministério da Ciência e Tecnologia e com as Empresas do Concelho para a criação de um Centro de Formação Profissional e Escolas Técnico-Profissionais que ajudassem a criar um mercado de trabalho funcional e eficiente e que gerassem emprego para os mais jovens, contribuindo, também, para o rejuvenescimento da classe empresarial.

Quero aqui também referenciar na mesma linha de pensamento de convergência económico-social o problema do Comércio Tradicional que está a desaparecer no nosso Concelho e que tanto contribui para a sua economia.

Tem-se assistido à instalação de grandes superfícies que têm ocorrido ao acaso, ao ritmo de medias avulsas e fortuitas que não favorecem a coesão e harmonia do território do Concelho.

Acentuaram-se desigualdades de tratamento e não se valorizaram os recursos específicos das diferentes regiões do Concelho, onde o Comércio Tradicional tinha um papel importante na vida das pessoas.
Todos sentimos que a nossa sociedade se alterou radicalmente nos últimos anos. Daí não ser novidade que hoje se aconselhem as políticas de segurança interna.

O conceito de segurança tem vindo a ser objecto de múltiplas apreciações e não restam dúvidas que de a questão da segurança está na ordem do dia das preocupações dos cidadãos portugueses.

Também no nosso Concelho o sentimento de insegurança prevalece na população e é atribuído à própria precariedade das condições de vida que se vivem no Concelho, fruto de um planeamento urbanístico errado que atirou para verdadeiros guetos as populações económica e culturalmente mais carenciadas.
Loures precisa de uma estratégia de segurança.

Lutarei, como Presidente da Câmara, pelo policiamento de proximidade, pelo reforço do policiamento de rua, nomeadamente, nos períodos nocturnos e nas zonas mais problemáticas, pela criação de uma Comissão Permanente do Conselho Municipal de Segurança e a criação da Polícia Municipal.

Também a área da saúde representa um dos principais estrangulamentos à qualidade de vida das populações do Concelho de Loures.

Volvidos mais de 14 anos e a construção do Hospital ainda não existe.
Foi no governo do PSD que se lançou o consenso para a sua construção, que o governo socialista não permitiu que avançasse.

Considero uma vergonha a forma como a actual gestão da Câmara e o Governo Socialista têm gerido este processo.
A dois meses das eleições legislativas, anuncia a construção do Hospital e aponta a sua conclusão para 2013.
É uma farsa! Não acreditamos!

Com o governo socialista verifica-se a ausência de uma política de verdade na área da saúde que responda com seriedade às necessidades da população.

Neste domínio, entendo que não é aceitável nem socialmente justo para a população de Loures que as Extensões de Saúde cubram freguesias tão extensas, que se encerrem CATUS, que 5 das freguesias não tenham unidade de saúde, que os Centros e Extensões existentes não reúnam as condições desejáveis, quer para ao seus utilizadores quer para os profissionais que neles trabalham.

Ao assumir a Câmara Municipal de Loures, proporei ao Governo uma rede de cuidados de saúde para Loures, repartida em unidades locais de saúde que integrem os cuidados de forma global.

Lutarei para que Loures seja conhecido e noticiado na comunicação social por ter conseguido atrair projectos dinamizadores da actividade económica, científica e cultural e por ter sido capaz de se igualar aos melhores que integram a Área Metropolitana de Lisboa.

Caro companheiro Carlos Santos, juntos vamos ser responsáveis pela cidade de Loures e vamos iniciar um novo ciclo na vida deste Concelho.

O nosso interesse pelos outros e pelas suas causas dar-nos-ão a vitória no dia 11 de Outubro.
Conto com todos, que é a minha e a nossa paixão para fazermos de Loures um Concelho de referência.